O Prof. Doutor Alberto Alves, membro integrado do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), do ONCOMOVE e coordenador do mestrado em Exercício Físico e Saúde do Instituto Universitário da Maia (ISMAI), apela a que as sobreviventes se mantenham ativas fisicamente, reduzindo o seu comportamento sedentário, trazendo “implicações bastante negativas para a recuperação após tratamento”. Veja o seu depoimento.
O especialista em exercício físico recomenda, então, que as sobreviventes:
- Reduzam o sedentarismo;
- Substituam-no por comportamentos ativos;
- Caminhem e, se possível, aumentem a sua intensidade;
- Envolvam-se em atividades de índole doméstica.
Este são os comportamentos que o especialista aconselha “para as pessoas iniciarem a sua recuperação após o tratamento”. Além disso, desafia ainda mais as sobreviventes: “Envolvam-se em programas de exercício físico estruturado e devidamente acompanhados por profissionais habilitados”, desde oncologistas a especialistas de exercício físico. Só assim podem adequar a sua atividade física ao seu estado físico e psicológico. O exercício aeróbico e as corridas são uma mais-valia para “aumentar a força muscular” e “otimizar a contração muscular”.
O exercício físico adequado para as sobreviventes pode, de acordo com organizações profissionais e científicas, proporcionar benefícios importantes para a saúde:
- Reduzir a depressão;
- Diminuir a ansiedade;
- Restabelecer os sintomas de fadiga.
O especialista aconselha ainda que o exercício físico seja realizado três vezes por semana, com uma duração entre os 20 e os 30 minutos. “É importante que a intensidade seja moderada, ou seja, que a respiração acelere ligeiramente, que lhe permita ainda manter uma conversa, mas que não lhe permita cantar.”